23/01/13

Aluno: Ana Filipa, nº2, TF1.
Livro: O meu triste segredo, escrito por Jenny Tomlin, da Porto Editora.
Autor: Passou a sua vida em Londres e foi vítima de violência e abusos da parte do pai durante anos. Neste momento mora em França, e tem dois filhos. As suas obras são o meu triste segredo, send me no flowers, sweetie, entre poucas outras.
O género do livro é dramático e é história verídica.
História: Este livro é baseado na infância de Kim, Lawrence e a narradora, Jenny, e o livro é dedicado à sua querida tia. Aos 5 anos de idade começaram a sofrer de abusos sexuais, violência doméstica por parte do pai, e ignorância pela parte da mãe, que nunca fez nada para os defender de toda a maldade que o pai os fazia. Viviam numa casa sempre cheios de medo, para não falar ainda de que a casa estava sempre suja, como uma lixeira. As crianças foram obrigadas a "crescer" muito depressa, e não aproveitaram nada da sua infância, nunca tiveram a oportunidade de ser realmente uma criança, ter uma infância "normal". Eles andavam sempre com mau aspecto, eram pobres, e na escola sempre foram gozados por causa disso. Porém, quando iam para casa da sua tia, ele cuidava deles, dava-lhes carinho, comida, roupa lavada, uma casa super acolhedora e tudo o resto que os pais nunca deram. Só com a união dos 3 irmãos é que foram fortes o suficiente para combaterem tudo isto e terem alguma esperança.
Opinião: Já tinha lido o livro anteriormente e adoro-o. Acho que transmite uma grande esperança para crianças ou mesmo mulheres que passam pelo mesmo tipo de situação. Transmite-nos parte de uma realidade que a maior parte das pessoas desconhece, ou ignora. Não se pode ter medo, é preciso ter-se coragem. Odeio o facto de uma mãe não fazer nada neste tipo de situações, não consigo mesmo perceber, por muito medo que ela tivesse ou por pouco que se importasse, eram seus filhos, e é completamente nojento não os ter salvo (incluindo a ela própria, pois ela também era vítima de abusos e imensa violência). Acho que conta muito bem a história desta triste família, porém, acho que podia estar melhor escrito, ou melhor traduzido pois eu não sei se isto é ou não uma tradução de uma versão inglesa do livro.

06/01/13

Quando não consegues parar de derramar lágrimas, por horas e horas seguidas. Quando não consegues estar bem sem uma certa pessoa ao pé de ti. Quando está tudo mal quando não estás com ela. Quando te partiram o coração uma ou mais vezes e não sabes se ele algum dia voltará a ficar como novo. Quando choras pelas mínimas e mais estúpidas coisas do universo. Quando já não tens a certeza se tens algum verdadeiro amigo. Quando já não consegues fingir ao pôr o sorriso na cara. Quando já não és forte o suficiente. Quando... quando não estás bem e não sabes se algum dia voltarás a estar, e ninguém vê isso.

08/12/12

No meio do nada. Ele deixou-me exactamente lá. No meio de centenas de carros, ele deixou-me lá, sozinha no escuro. Ele deixou-me virar costas e fugir daquela dura verdade, a qual eu temia tanto ouvir. Eu peguei nas minhas coisas e segui aquela dura escuridão, deixando que a última palavra que eu ouvi da boca  dele fosse: "baby...", mas se ele me amasse, teria ido atrás de mim, certo? Todavia, tudo aquilo, toda aquela semana, tudo tinha sido uma mentira. Eu vivi na mais pura das mentiras durante uma semana. E bastou isso, uma semana. Bastou uma semana para eu me apaixonar por ele. 7 manhãs, 7 tardes e 7 noites. Ele conseguiu fazer com que eu, após 2 anos de coração partido, conseguisse dizer "amo-te" a mais alguém. Amo-te! É uma palavra forte... Eu pensava que não, mas ele brincou com essa palavra. Ele brincou comigo. Como se eu fosse alguém imune ao amor e à dor. A verdade era que ele ainda a amava, a ela. Eu apenas fui a rapariga de 15 anos, (...), com quem ele passou uns razoáveis bocados, falando, rindo, beijando, tocando. Eu fui só a rapariga que não o largava na porra da minha noite de aniversário, aquela a quem ele próprio me fez prometer que no dia seguinte estaria dessa mesma maneira com ele. Fui só aquela com quem ele sentiu um "clique", aquela a quem ele emprestou o casaco porque eu estava a tremer de frio.
Ele levou-me lá. Aquele sítio, longe de tudo e de todos, para ver o pôr-do-sol. Foi talvez o momento mais bonito da minha vida, dois quais eu me lembro. Ninguém nos via naquele momento. Era eu que observava parte de Lisboa, entre centenas de luzes acesas. Ele só me disse que eu não podia ir embora dali sem ver aquilo. Então, aproximei-me um pouco e subi um degrau, e aí eu apercebi-me. Era exactamente um daqueles momentos dos filmes românticos, em que pensamos sempre no que vai acontecer a seguir. Ele agarrou-me por trás, e depois de me aperceber que aquela paisagem era linda, era algo que eu ainda hoje não consigo descrever, inclinei um bocado a cabeça sobre o meu ombro e beijei-o, como se nada mais existisse para mim naquele momento. Ele pegou-me, e continuo-o a beijar-me, encostando-me ao seu carro. Foi lindo, naquele momento.
Ele era um risco para mim, o maior que eu já corri. Porque eu apostei nele para cuidar de mim, e ele não cumpriu com o prometido. Era ele, ele fazia-me ter borboletas na barriga e sentir-me empolgada ao mesmo tempo! Ele fez-me correr riscos, deu-me paixão, e numa das coisas ele tinha a sua razão - deu-me sensações que eu nunca tinha tido antes. Ele fazia-me sorrir só de pensar nele. Aparentemente, oferecera-me o amor que eu precisava. Mas depois, voltamos ao inicio...
Abandonou-me, no meio do nada.
Porém, ainda o amo, e dói demais dizer o quanto sinto a falta dele.
Ninguém repara o quão morta eu estou por dentro, debaixo desta máscara.
TT, 7/03/2012.
past.