08/12/12

No meio do nada. Ele deixou-me exactamente lá. No meio de centenas de carros, ele deixou-me lá, sozinha no escuro. Ele deixou-me virar costas e fugir daquela dura verdade, a qual eu temia tanto ouvir. Eu peguei nas minhas coisas e segui aquela dura escuridão, deixando que a última palavra que eu ouvi da boca  dele fosse: "baby...", mas se ele me amasse, teria ido atrás de mim, certo? Todavia, tudo aquilo, toda aquela semana, tudo tinha sido uma mentira. Eu vivi na mais pura das mentiras durante uma semana. E bastou isso, uma semana. Bastou uma semana para eu me apaixonar por ele. 7 manhãs, 7 tardes e 7 noites. Ele conseguiu fazer com que eu, após 2 anos de coração partido, conseguisse dizer "amo-te" a mais alguém. Amo-te! É uma palavra forte... Eu pensava que não, mas ele brincou com essa palavra. Ele brincou comigo. Como se eu fosse alguém imune ao amor e à dor. A verdade era que ele ainda a amava, a ela. Eu apenas fui a rapariga de 15 anos, (...), com quem ele passou uns razoáveis bocados, falando, rindo, beijando, tocando. Eu fui só a rapariga que não o largava na porra da minha noite de aniversário, aquela a quem ele próprio me fez prometer que no dia seguinte estaria dessa mesma maneira com ele. Fui só aquela com quem ele sentiu um "clique", aquela a quem ele emprestou o casaco porque eu estava a tremer de frio.
Ele levou-me lá. Aquele sítio, longe de tudo e de todos, para ver o pôr-do-sol. Foi talvez o momento mais bonito da minha vida, dois quais eu me lembro. Ninguém nos via naquele momento. Era eu que observava parte de Lisboa, entre centenas de luzes acesas. Ele só me disse que eu não podia ir embora dali sem ver aquilo. Então, aproximei-me um pouco e subi um degrau, e aí eu apercebi-me. Era exactamente um daqueles momentos dos filmes românticos, em que pensamos sempre no que vai acontecer a seguir. Ele agarrou-me por trás, e depois de me aperceber que aquela paisagem era linda, era algo que eu ainda hoje não consigo descrever, inclinei um bocado a cabeça sobre o meu ombro e beijei-o, como se nada mais existisse para mim naquele momento. Ele pegou-me, e continuo-o a beijar-me, encostando-me ao seu carro. Foi lindo, naquele momento.
Ele era um risco para mim, o maior que eu já corri. Porque eu apostei nele para cuidar de mim, e ele não cumpriu com o prometido. Era ele, ele fazia-me ter borboletas na barriga e sentir-me empolgada ao mesmo tempo! Ele fez-me correr riscos, deu-me paixão, e numa das coisas ele tinha a sua razão - deu-me sensações que eu nunca tinha tido antes. Ele fazia-me sorrir só de pensar nele. Aparentemente, oferecera-me o amor que eu precisava. Mas depois, voltamos ao inicio...
Abandonou-me, no meio do nada.
Porém, ainda o amo, e dói demais dizer o quanto sinto a falta dele.
Ninguém repara o quão morta eu estou por dentro, debaixo desta máscara.
TT, 7/03/2012.
past.

1 comentário:

  1. Alterei o link do meu blog. Se puderes, visita-o e dá-me a tua opinião!
    http://demim-paranos.blogspot.com
    beijinhos! :)

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