18/03/12

ainda olho para cada jipe que passa só para ver se és tu que estás lá.
ainda fumo mais do que um cigarro seguido quando penso em ti, só para tentar esquecer.
ainda canto aos berros tudo o que sinto por ti, na esperança de virar as costas e ver-te.
ainda me deito na cama, fecho os olhos e volto a abri-los, pensando que sempre estiveste lá.
ainda tento fazer de tudo, somente para ouvir a tua voz.
ainda vejo o teu facebook, esperando por alguma novidade.
ainda penso que és tu, quando o meu telefone toca e é número desconhecido.
ainda olho o meu pescoço ao espelho, para verificar se ainda está lá alguma marca.
ainda cheiro o raio do poluche, para ter a certeza de que já não tem o teu cheiro.
ainda penso que és tu, quando estou sozinha em casa e tocam à campainha.
ainda repenso mil vezes em tudo o que passei contigo, como se fosse mudar alguma coisa.
ainda dói como o inferno, cada vez que faço alguma destas coisas.
ainda sinto tantas saudades, ao ponto de ficar mal humorada o dia todo por não te ter aqui.
ainda penso que só me devias mesmo querer comer, tendo em conta o que fizeste.
contudo, sou uma otária e ainda não te esqueci, como se isso pudesse acontecer.

1 comentário: